Na verdade tenho e nem tem muito a ver com a vida de missionário. Tirando o perrengue que é pagar as contas a cada mês eu vivo lá uma vida bem interessante. O problema mesmo é que não tenho achado a minha vida muito interessante ultimamente. Eu sou um missionário-designer. Isso por si só já deveria encher minha vida de exclamações, e de certa maneira enche. Em muito do que faço, preciso tirar leite de pedra: à vezes falta conhecimento, às vezes falta recurso (sempre falta esse aí), às vezes o equipamento já não aguenta o tranco. De vez em quando falta tudo junto e o que sobra é só uma dose a mais de boa-vontade e coragem pra fazer uma vinheta em altadefinição num pc de 1gb de memória. E eu faço tudo pra Deus com o coração repousado na certeza de que isso é tão relevante quanto o que o Mark Driscoll faz por aí.
Mas de uns tempos pra cá eu ando melancólico. E não só por perceber que é cada vez mais difícil encontrar gente disposta a investir nisso e permitir que eu e minha esposa continuemos a viver essa aventura maluca que é usar design multimídia pra comunicar o amor de Deus. Sim, sou missionário em tempo integral. E isso conta as horas em que só faço burrice. Ando melancólico, um tanto solitário (mais que o normal). A vida anda tão morosa. Tão mais da mesma. Sinto que ando com uma camisa de força enquanto todo mundo diz que isso é coisa da minha cabeça.
Um comentário:
Pow, Renner... te daria um abraço agora...
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