terça-feira, 4 de agosto de 2009

A infância de Hitler

Já faz um tempinho que eu e Rosa estamos pensando em ter um...... cachorro. A idéia ainda está amadurecendo e agora, que vamos nos mudar pra um apartameto realmente nosso, estamos pensando seriamente no assunto.Hoje, no início da tarde, minha cunhada chegou com um filhotinho de um mês dentro de uma caixa de sapatos. Ele era lindo. Branco, com uma cara adorável de sono e aquele jeitinho clássico de filhote. "Se vocês quiserem é de vocês". Nem eu nem Rosa escondemos o sorriso.Olhamos pra aquele pedacinho branco de felicidade já tomados por um certo sensação de pertencimento. Ainda com cara de bobo que perguntei de que raça era. "É um poodle". Meu sorriso foi fulminado.

De todas as raças caninas, a poodle é a que menos me agrada. Rosa riria desse meu eufemismo. Eu realmente detesto poodle. O único da espécie que me desperta uma certa simpatia é o Boomer da Pri Novaes. Mas isso é porque ele é um tanto neurótico e acha que é gente. Quase me convence. Bem, lá estava eu com aquele bolinha de pelos nas mãos. Ele tentava morder meu dedo com aquela boquinha banguela enaquento eu pensava que daqui um ano ou menos aquela coisinha linda iria se transformar numa coisa hedionda. Sim. Poodle é um cachorro hediondo. Mas eu sou um cara que se apega a bichos com muita facilidade - e não deu outra. Passei uns bons minutos dando leite, fazendo um carinho na barriga, deixando minha mão ser lambida. Eu ficava repetindo baixinho: por que você tinha que ser um poodle? Se fosse qualquer outra coisa eu ficava com você...

Me senti um tanto desconfortável rejeitando um bicho pelo que ele se tornaria mais adiante. Certamente o fato dela (era uma menina) ser uma poodle não iria impedir que eu me afeiçoasse, mas eu não queria me afeiçoar a um poodle, confesso. Sou um cara estranho, eu sei. Mas quem não é. No resumo da ópera, o bichinho voltou à caixa de sapatos e depois à dona. E aqui estou eu a escrever sobre isso.

Todo mundo sabe que agora é aquela parte em que eu faço dessa experiência um gancho pra falar de algo relacionado a meu relaionamento com Deus. Blog de crente é fogo mesmo - tem sempre que "fazer valer"a postagem. Mas hoje resolvi poupá-los. Quem quiser cavucar algo transcedental, fique à vontade. Quem não quiser, fique tão à vontade quanto. Eu estou tentando escrever com mais frequencia. Assunto não falta; só falta vontade. Sei que apelei no título, mas não me veio nada melhor.

Paro por aqui porque o rivotril já está fazendo efeito.

2 comentários:

Dri D disse...

Seu miserável enganador!!! E eu pensando que você tinha ficado com o cachorro, tinha dado o nome de Hitler e iria contar sobre a infância do animal rasgando todas as suas roupas e sapatos como um horrendo tirano que foi o Hitler que pensava em passar por cima de todos pra fazer sua vontade. Mas mesmo assim morri de rir no final. Legal demais! Volte mesmo à ativa, por favor!

Renner disse...

Esse cachorro que vc tá falando aí já tem nome, livro e até filme - é o Marley.