De toda tristeza que tens,
a que sangra-me a alma
são teus olhos vazios.
Quisera ter nuvens
que te levassem a calma
murmurante dos rios.
Quisera, qual Atlas, às costas
levar teu cansaço
de vida à deriva.
Quisera, em resposta
a todo fracasso
de fazer-te viva,
Levar-te a tristeza
marcada e profunda
de cicatriz.
Mas sobra a aspereza
nauseabunda
do que não fiz.
5 comentários:
muito bom, rapaz. emocionei-me.
"nauseabunda" encaixou-se surpreendente.
que lindo!
emocionante, sim...
Perceber minha limitação ao que queria fornecer a outros também me traz tristezas. Eu entendo esse poema particularizando desse forma! Deus vive me confrontando com a verdade de que esse poder pertence a Ele. Me fez lembrar dessa verdade na minha vida. Profundo!
lindo mano!!!
Demais!
Fala Renner!
Ai que eu amei esse texto.
leve, tranquilo e grave
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