sábado, 7 de julho de 2007

Restituição

"Restitui. Eu quero de volta o que é meu.."


Depois de cantar essa música, pela primeira vez fiquei pensando sobre as coisas que perdi. Minhas tendência mais natural é pensar que o que perdi me foi tirado. Culpo principalmente o diabo, e num arroubo de autoridade o encosto na parede exigindo minhas coisas de volta.

Parando pra pensar mais seriamente sobre isso, me pergunto se a questão não seria ainda muito pior. Será realmente que as coisas mais importantes me foram tiradas por meio de algum ardil diabólico? Não. Minhas perdas são mais tristes. Reconheço que a maioria das coisas que perdi nào me foram roubadas. Elas foram simplesmente entregues por mim mesmo, ou ainda pior - foram literalmente colocadas de lado como um brinquedo que perde o encanto assim que se ganha um novo.

Quer tristeza maior que a não compreensão das verdades espirituais. Em raros momentos da minha vida eu tenho uma perspectiva clara do mundo espiritual. Quase sempre meus olhos estão embaçados por uma espécie de névoa que paira sobre as coisas realmente importantes. E é como se essa máquina de fumaça estivesse nas minhas próprias mãos. Não consigo dar valor real às coisas. Me sinto como Esaú, trocando a bênção de sua primogenitura por um prato de lentilhas. Não sei dar valor valor às coisas importantes, e em muitos momento eu inverto os valores.

Sou um homem rude para o mundo invisível, e há uma nuvem de pessimismo rondando o meu horizonte.

3 comentários:

Rosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Wesley Cunha disse...

Muito bom cara!
Um abraço!

André von Held Soares disse...

Então temos que orar para chover logo, para que as nuvens de pessimismo reguem a terra, de onde se colham frutos transformados, e haja uma bela vista do seu horizonte.
Beijos mil.