quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Post Script

De um tempo em que tudo o que eu queria ser da vida era poeta...


Escuta,
Não tenho nada a dizer.
Eu só tenho fome.
Essa fome endoidecida dos olhos.
Essa fome de terra e de miragem.
Olha,
Não tenho nada a mostrar.
Eu só tenho essa escuridão.
Essa escuridão comum das vozes.
Essa escuridão tão minha e tão alheia.
Espera,
Eu só tenho pressa.

2 comentários:

Rosa disse...

Seu poema "ganhou espaço no meu mundo".

André von Held Soares disse...

Palavras dignas de poeta, já o disse.
Sinto-me grato por tê-las ouvido por voz de seu autor.
Beijos mil.